E aí vieram
os Jogos de Pequim. Achei ótimos, porque dava para ver tudo: acordava de
madrugada e via tudo o que me interessava para depois ir pra aula. Consegui
convencer a dona da livraria da faculdade a levar uma TV para eu poder ver os
jogos, além de pedir aos colegas notebooks emprestados. TV portátil ainda não
era comum como hoje, mas lembro da aula de Direito Administrativo: a gente se
comunicando para saber como estava a semifinal da Seleção Feminina de Vôlei,
enquanto um colega mais moderno via tudo em sua mini tela! (rs)
De novo
algumas coisas não muito positivas me marcaram, uma delas até mesmo antes das
Olimpíadas: a lesão de Juliana, do vôlei de praia. Uma das coisas mais tristes,
sem dúvida. Mas, como ela mesma disse, um aprendizado imenso. O Brasil só
começava a conhecer a força de vontade dessas duas guerreiras. Acredito que
essa história ainda não acabou e o final feliz está mais perto do que longe. E,
respondendo ao questionamento lançado na matéria abaixo, não, eu não desistiria
de um sonho assim tão fácil, lutaria até o último instante também, e tenho
certeza de que a recompensa olímpica virá!
Outro ponto
de lembrança não muito legal foi a queda do Diego Hipólito na final do Solo,
(sempre esse aparelho!), depois de ter arrasado na apresentação da semifinal,
mas faz parte...
E aí,
voltando ao “resgate da alma”. Acho que nenhuma frase é mais emblemática sobre
o Ciclo Olímpico iniciado em Atenas 2004, naquele fatídico 24x19, e concluído
em Pequim 2008: "Deixamos um pouco de nossa alma em Atenas, mas a
recuperamos em Pequim.” Alma lavada! Choro de todos que acompanharam a
saga desde o 24x19, resgate da autoestima. Não teve como não chorar junto,
afinal quantas madrugadas, dias e noites acompanhei os vice-campeonatos do
Brasil, a fama de amarelonas, inconstantes, psicologicamente fracas e, naquele
momento, a redenção, o topo do mundo! Um emocionante agradecimento no final, de
cair pra trás, literalmente!
E teve mais choro! Cesar Cielo na primeira medalha de ouro da nossa natação, chorando como criança ao alcançar o olimpo e Maurren Magi, dando a volta por cima, por 1 cm, e sua filha xará inconformada, dizendo que preferia a prata! (hahahaha)
E Marta, na nova prata da Seleção
Feminina de Futebol, se perguntando o que teria feito de errado...
Esta é uma seleção pessoal minha,
de acontecimentos que me marcaram e de que me recordo até hoje, lógico que pode
ter havido conquistas mais importantes ou derrotas mais sofridas, o importante
é que estamos perto de viver tudo isso novamente...
De sentir pulsar em nossos
corações a vibração de torcer pelos nossos atletas, reconhecer em cada um deles
um brasileiro guerreiro como nós, de saber que uma vida toda de treinos,
provações, renúncias, estará em jogo em alguns minutos, segundos, numa bola que
toca o solo, que atravessa a cesta ou que balança as redes...
Não são apenas atletas, são seres
humanos, cada um com sua história de vida, seus medos, suas fraquezas, seus
sonhos, mas que, por alguns momentos, seguindo o lema olímpico Citius,
Altius, Fortius, vão mais rápido, mais alto, mais forte, fazendo-nos
acreditar que tudo é possível e que a vitória deles pode nos inspirar em nossas
pequenas conquistas pessoais!
Esperamos que Londres possa nos
trazer muito mais belas lembranças!
Foto: Gazeta do povo
Ana Sofia Cavalcante Pinheiro
Convidada especial para o aniversário de 3 anos.
Advogada
Apaixonada por vôlei de praia
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4 comentários:
Show, gostei! Os nossos atletas com toda cetreza nos inspiram nas vitórias e também nas derrotas!
Estou participando do aniversário do Apenas um Ponto Esportivo.
Patrícia Marcelino
Estou participando do aniversário do Apenas um Ponto Esportivo.
Suzane Andrade
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