Vôlei de Praia mais dourado do que nunca

Eles chegaram no México com grande responsabilidade por serem os melhores do ano em suas categorias, estavam ali para escrever mais uma página de suas histórias e queriam que fosse dourada, da mesma cor da medalha que traziam do Circuito e do Campeonato Mundial.

Juliana e Larissa estrearam no domingo dia 16/10 e precisaram de 30 minutos para vencer a dupla de Trinidad e Tobago por 2 sets a 0 (21/5 e 21/16) - Dyette/Phillip. Na sequência, as atuais campeãs pan-americanas defenderiam o título no jogo contra as equatorianas Ariana Vilela e Katherine Chila, também vencido por 2 sets a 0 (21/12 e 21/11), já garantindo a classificação para as quartas de final em Puerto Vallarta. No dia 18/10 elas confirmariam o favoritismo, fechando a primeira fase em primeiro lugar do grupo ao derrotar as cubanas Niriam e Onayamis Sinal por 2 sets a 0, parciais de 21/16 e 21/13.

As quartas-de-final seria contra as canadenses Heather Bansley e Elizabeth Maloney vencido por 2 sets a 0, parciais de 21/15 e 21/16 - " Acho que foi a nossa partida em que cometemos mais erros, mas sem dúvida foi o jogo em que fomos mais exigidas e isso foi muito bom. Nosso nível subiu um pouco mais", declarou Juliana ao final da partida" ( CBV)

Na quinta-feira dia 20/10 foi a vez das porto-riquenhas Yarleen Santiago e Yamileska Yantin por 2 sets a 0 (21/16 e 21/12) ficarem para trás. "O jogo foi tranquilo, controlamos o tempo todo a partida, e jogamos o suficiente para ganhar. Na final, sim, temos que jogar 100%. Mas foi boa a semifinal porque já buscamos atuar como pretendemos fazer na final, com muita jogadas rápidas", analisou Juliana.

A final seria contra as mexicanas e prometia fortes emoções - "Elas jogam em casa, estão supermotivadas e é uma disputa de título. Será uma partida complicada, não há dúvida. Agora é descansar e se alimentar bem para entrar com energia total na decisão", antecipa Larissa. 

A decisão em Puerto Vallarta - colocou frente a frente a nossa dupla contra as mexicanas Mayra Garcia e Bibiana Candelas, estas incentivadas pela torcida não deram moleza para as brasileiras, vendendo caro a derrota por 2 sets a 1, parciais de 21/15, 22/24 e 22/20.  

"Conquistar a segunda medalha de ouro Pan-Americana e ser anunciada como hexacampeã do Circuito Mundial no mesmo dia é simplesmente fantástico. O jogo contra as mexicanas foi muito difícil e superamos na raça, que é uma marca nossa. O ano foi muito desgastante, mas nesse momento toda a nossa luta está sendo recompensada. Agora só quero voltar para o Brasil para comemorar essas conquistas ao lado da família", comemora Juliana.

Juliana e Larissa estão vivendo o que chamaram de Ano Perfeito - afinal elas conquistaram tudo o que disputaram até agora e ainda possuem chances de serem campeãs no Circuito Banco do Brasil ( nacional). 

No mesmo dia, as nossas brasileiras receberam a notícia de que Wash e May não se escreveram para a última etapa do Circuito Mundial, o que garante para nós( elas) o título. 

A dupla também é a única a ser bicampeã do Pan-americano - Rio 2007 e agora Guadalajara - 2011. As nossas homenagens a dupla brasileira mais vitoriosa da atualidade, aquela que segue a risca o que foi dito por seu técnico em diversas oportunidades: " Trabalhe bastante para ser reconhecido por seus talentos" - Juliana e Larissa ainda se emocionaram ao ouvir o hino nacional. Parabéns!!!

 

O JOGO ( Site oficial CBV) -  Inflamadas pela torcida, as mexicanas começaram o jogo em vantagem e logo marcaram 5/3 com Cadelas parando Juliana no bloqueio. Com dois contra-ataques, o Brasil virou para 6/5, antes de abrir 11/8, com um ponto de saque de Juliana. Mais soltas, as brasileiras ampliaram a vantagem até o fim do set, fechado em 21/15, quando Candelas tocou na rede.

O segundo set começou com a gigante Candelas, de 1,96m, dominando a rede. Com dois pontos de bloqueio dela, o México logo fez 4/0. A dupla brasileira buscou a reação e conseguiu a virada em 13/12, com um contra-ataque de Juliana. A parceria mexicana retomou a vantagem e a sustentou até 19/18, quando o Brasil virou e ficou a um ponto de fechar o jogo. Com um contra-ataque e um erro de levantamento de Larissa, a parceria da América Central venceu por 24/22.

O terceiro set foi emocionante do começo ao fim. As mexicanas saíram na frente e chegaram a abrir 6/2, com um bloqueio de Candelas. O Brasil encostou no meio do set e reduziu para 10/9. As mexicanas voltaram a distanciar no marcador e abriram 13/10. Juliana e Larissa não desistiram e lutaram até o fim pela vitória. Depois de inúmeras trocas de ponto, Juliana atacou para marcar 22/20 e garantir o bicampeonato pan-americano. Visada pelos saques mexicanos, Juliana marcou 37 pontos de ataque, um de bloqueio e outro de saque na decisão. Larissa fez 16 pontos de ataque e um de saque, além de ter obtido dez defesas na partida.

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Masculino também é ouro 

Alison e Emanuel deram um susto na torcida brasileira provando que favoritismo não ganha jogo, eles sofreram uma inesperada derrotana segunda rodada do Grupo C, perdendo para os cubanos Karell Piña e Sergio Gonzalez por 2 sets a 0, parciais de 19/21 e 11/21.

Todavia, a juventude de Alison somados a experiência de Emanuel iriam atrás da recuperação, não tendo maiores dificuldades para sagrarem-se campeões.

Além de Juliana/ Larissa, Emanuel também é bicampeão pan-americano só que com um novo parceiro, Alison que feliz declarou logo após ao título: “O gosto de ser campeão pan-americano é maravilhoso. Nesta hora, só temos que agradecer todos que nos apoiaram e torceram por nós. É uma responsabilidade grande representar o Brasil. A derrota para Cuba, na primeira fase, nos fez aprender muito. Permanecemos unidos e nos recuperamos juntos”

Na decisão, os campeões mundiais superaram os venezuelanos Igor Hernandez e Farid Mussa por 2 sets a 0, parciais de 21/17 e 21/12.

O JOGO ( CBV) No primeiro set, o principal mérito da dupla brasileira foi dificultar muito o ataque dos venezuelanos, que converteram em ponto apenas 13 das 30 oportunidades que tiveram. Com um bloqueio de Alison, o Brasil abriu 8/6. Em lance semelhante, o “Mamute” ampliou a vantagem brasileira para 13/9. Sustentando a vantagem até o fim, o Brasil aproveitou-se de um erro de saque de Mussa para fechar em 21/17. No segundo set, o Brasil demorou ainda menos para abrir vantagem e logo marcou 5/2. Em um contra-ataque bem finalizado por Emanuel, a diferença subiu para 13/7. Com um ponto de saque, o campeão olímpico marcou 17/10. No último ponto, o paranaense esbanjou categoria para finalizar um contra-ataque e confirmou o ouro brasileiro: 21/12. Na decisão, Alison marcou 12 pontos de ataque e cinco de bloqueio. Emanuel pontuou 16 vezes no ataque e uma de saque, além de ter conseguido sete defesas.

Fotos e Citações: Site oficial da Confedereção Brasileira de Vôlei, VIPCON e COB

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