29 de julho de 2009

Pré-namoro

O post não é meu, estou copiando do Blog Palavra de Homem de Felipe Machado, o autor fala da situação dos relacionamentos e das fases, vale a reflexão. Acho que hoje falta um pouco dessa gostosa magia da conquista, da descoberta, tudo acontece na velocidade da luz e perdemos a oportunidade de curtir o momento.

Segue o texto:




Os desafios do Pré - namoro

A curiosa expressão usada no título desta coluna nasceu a partir do comentário de uma amiga, que tentava por vias menos convencionais explicar o tipo de relação em que ela estava envolvida.

Eu sei, hoje em dia é muito difícil determinar o tipo de relacionamento que se tem. Com exceção dos termos definidos explicitamente pelo Poder Judiciário ('solteiro', 'casado', 'divorciado', 'detido para averiguação', sei lá), não nos resta muita opção a não ser imaginar uma definição própria, caso a caso. É sempre bom ressaltar que a outra parte envolvida deve ser informada do status da relação, para evitar complicações e cenas indesejáveis.

Voltando à minha amiga, ela disse que estava pré-namorando porque não conseguiu encontrar uma definição melhor. Do ponto de vista antropológico/semântico eu achei superinteressante. Ela ainda não estava namorando, mas já havia saído com o cara vezes demais para considerá-lo apenas um 'rolo'. Portanto, ela estava... pré-namorando. É simples, é quase óbvio.

Isso nos leva a um novo patamar de discussão. A partir de quando, por exemplo, alguém está pré-namorando? E quando começa então o namoro propriamente dito? Ah, sei lá. Problema seu. Ou meu, se fosse o caso.

Sociedades pós-modernas enfrentam esse tipo de situação em várias áreas. Da mesma maneira que expressões maniqueístas estão cada vez mais fora de moda, as relações humanas também passam por revisões radicais nunca antes enfrentadas. Nossos bisavós nunca imaginariam que um casal formado por dois homens poderia se casar legalmente e adotar uma criança, o que acontece em alguns locais civilizados do mundo. Tudo bem, é um exemplo extremo. Descobrir se você está ficando ou namorando deveria ser muito mais simples.

Mas não é, pelo jeito. Se você sai com alguém três ou quatro vezes acredito que algum tipo de vínculo está sendo criado. Mas qual? Na terceira vez o cara é apenas um rolo e, na quarta, automaticamente ele se transforma em um namorado? Ou será que para isso é necessário pedir a garota em namoro? Uau, lembro que eu fazia algo assim na quinta série, mas não sei se isso ainda acontece depois que a gente começa a fazer a barba.

Talvez seja a hora de voltar a esses tempos, quando as coisas eram mais claras e a gente sabia um pouquinho melhor o que estava acontecendo. Ter um relacionamento já é uma coisa tão complexa que a gente não precisa complicar ainda mais criando expressões novas para as coisas eternas do nosso velho coração.

Blog Palavra de Homem de Felipe Machado

3 comentários:

Cris França disse...

que texto lindo, vou lá conhecer o Blog dele e vc tem razão, odeio esses tais jogos de amor, pede-se o que há de bom disfarçando o que se sente...idiotice

beijos

Regina disse...

Gostei do texto, Rafa!

Concordo plenamente quando ele diz que antigamente, os relacionamentos eram mais claros e transparentes...

Hoje em dia o que se vê é uma indecisão, uma enrolação, enganação ou sei lá que nome se dá prá essas coisas!!

Beijão!!

Nath disse...

Hoje em dia não se vê mais aquele romantismo de antigamente e cajo haja, acredito que algumas pessoas ainda gostem, muitos acham "brega".
Os tempos mudaram e a tendência é piorar.

Lindo blog, parabéns.

Beijos