Mundial de natação

FELIPE É PRATA E FAZ HISTÓRIA. MELHOR RESULTADO BRASILEIRO DESDE PRADINHO

O nadador Felipe França da Silva fez história na “Cidade Eterna”. Na mesma Roma, onde a natação brasileira conquistou suas últimas medalhas em piscina olímpica nos Mundiais da FINA, com Gustavo Borges e o revezamento 4x100m livre em 1994, Felipe subiu ao pódio dos 50m peito para colocar uma medalha de prata no pescoço. O atleta, nascido em Suzano/SP, bateu seu recorde sul-americano, que já foi marca mundial, em 13 centésimos, com 26s76.

Em piscina olímpica, a medalha de Felipe vem após um hiato de 15 anos e o recorde mundial conquistado por ele em maio passado, 27 anos depois de Ricardo Prado, com o ouro nos 400 medley, em 1982. É bom lembrar que o Brasil já tinha acabado com o jejum de pódios, com o bronze de Poliana Okimoto na maratona aquática de cinco quilômetros. Mas ainda faltava na piscina.

No pódio, a emoção tomou conta e ele se ajoelhou após sentir a medalha. O choro foi forte, assim como de seu treinador Arilson Silva. O vencedor, com novo recorde mundial, foi o sul-africano Cameron Van der Burgh, com 26s67. Já o bronze ficou com o americano Mark Gangloff, 26s86. O outro brasileiro finalista na prova, João Gomes Júnior, terminou na 7ª posição, empatado com o esloveno Emil Tahirovic, ambos com 27s31.

- Foi uma disputa muito difícil, principalmente na semifinal. Estou muito gratificado por esta medalha. Agradeço a Jesus Cristo, em primeiro lugar, e ao meu treinador Arilson Silva por esta conquista. Ainda estou meio abalado, me sentindo pesado, acho que vou chorar novamente. Todos viram como eu fiquei no pódio. Primeiro um recorde mundial e agora uma medalha num Mundial, ambos depois de tanto tempo. Obrigado a todos – disse um emocionado Felipe, após a cerimônia de entrega das medalhas.

Arilson Silva chorou tanto quanto seu nadador e disse que tudo começou quando ele atingiu o índice olímpico para os Jogos de Pequim.

- Ali ele começou a aparecer. Hoje foi mais um degrau superado, mas queremos muito mais. A medalha olímpica do Cielo nos mostrou que é possível. Os 50m peito não é uma prova olímpica, por isso, queremos agora os 100m e talvez, até os 200 metros peito – revelou Arilson.

O Mundial de Roma já conta com 21 recordes mundiais, superando o recorde de 16 da primeira edição, em 1973, na antiga Iugoslávia.

O Brasil participa do Mundial de Roma com o patrocínio dos Correios e recursos da Lei Agnelo/Piva.

Eliana Alves / Souza Santos
Assessoria de Imprensa da CBDA
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