Muito prazer, Bernadinho e sua contribuição social

Quando muitos estavam na frente da TV vendo a final da Superliga Feminina de Vôlei, ente Rio de Janeiro e Osasco, por acaso estava eu conhecendo um treinador de vôlei, amigo do técnico Bernardinho, que - de forma muito sincera - me apresentou um outro lado muito humano do treinador da nossa seleção masculina.

Bernardinho e o garoto João, que luta contra o diabetes. Foto: Globo.com

Na conversa iniciada muito sem querer, discutimos sobre o quanto o vôlei pode contribuir positivamente na formação de pessoas.

E dessa conversa partiu a ideia do post de hoje. No dia em que o Rio de Janeiro de Bernardinho conquista o seu heptacampeonato brasileiro, apresento uma iniciativa tão campeã quanto o mentor do projeto.

Trata-se do projeto social realizado pela Escola de Vôlei Bernardinho. Desenvolvido em parceria com o Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Comunidade Tavares Bastos, favela localizada no bairro do Catete, desde 2007, vai muito além do objetivo de formar atletas. O projeto busca melhorar a qualidade de vida das crianças, promover a inclusão sócio-esportiva, fortalecer valores, dar perspectivas de futuro para quem possui um passado nada animador.

E como resultado da iniciativa, 15% das mais de 250 crianças foram conduzidas do projeto para clubes. Algo em torno de 38 novos atletas para as equipes cariocas. Além disso, as crianças tiveram melhoria de aprendizado, raciocínio e índice escolar.

Por conta do sucesso em Tavares de Bastos, e como anunciado há aproximadamente 15 dias, Bernardinho recebeu um convite para orientar também o projeto social da nova equipe masculina RJX Esporte Clube. O projeto atenderá 720 meninos e meninas, de oito a 13 anos, de cinco localidades pacificadas no Rio de Janeiro. Em "troca", a equipe carioca ganhará o direito de utilizar o Maracanãzinho.

Pesquisando um pouco mais para apresentar o projeto à vocês, encontrei o depoimento de uma das crianças assistidas em Tavares Bastos que resume bem iniciativas como essas: " Antes desse projeto, eu nem sabia o que era vôlei. Mas, desde o primeiro dia da escolinha, acabei me apaixonando. Agora, sou atleta do Botafogo e quero ser jogadora de vôlei". Sonha Ana Lívia Hilário, de 12 anos.

Se numa dessas, sai uma talento nacional, ótimo para o Brasil. Se não, o projeto serve para contribuir na formação de crianças que tudo o que mais precisam é um incentivo para alimentar seus sonhos.

Pela iniciativa, Bernardinho mostra que campeão de verdade também faz a sua parte fora das quadras!

E pela final de hoje mostrou que liderar tão bem quanto ele é para poucos! Parabéns ao Bernardinho e toda a equipe do Rio de Janeiro! Um heptacampeonato merecidíssimo!

Sobre a decisão em si, escreverei ainda hoje no Primeiro Set.

Abraços, pessoal!