7 de outubro de 2010

Agora é Brasil e Itália


Depois da polêmica do jogo contra a Bulgária e das imprensas brasileira e italiana julgarem e condenarem a seleção brasileira, chegou a hora da verdade: Brasil e Itália se enfrentarão na semi-final que a Itália planejou ser final, mas o Brasil não quis.

No primeiro jogo da terceira fase, depois de toda a confusão, o time brasileiro entrou mordido, mas perdeu a concentração, o que quase foi fatal. Além de estar na memória da torcida o ocorrido no jogo da "vergonha" a torcida italiana pressionou contra, afinal até então o país anfitrião era o maior vencedor do vôlei mundial e já não é mais, se nosso time ganhar se iguala em titulos mundiais, já tendo ultrapassado o time azul em vitórias da Liga Mundial: 9 vezes.

Se tudo se encaixa no final podemos usar isso para o time brasileiro, Bruno não vinha bem e Marlon foi fantástico, com seu afastamento o primeiro teve que voltar e ninguém em quadra defendeu mais do que ele ontem, além de ter sacado muito bem.

Soma-se a isso a experiência e técnica de Dante e Rodrigão. Desculpem, mas preciso ser repetitiva: Como é bom ver o Dante de volta, uma segurança e uma frieza sem igual.



Experiência precisa de liderança, aqui entra o papel crucial que Giba tem neste time, é o líder, o capitão, o grito de incentivo, o abraço amigo. Giba dá água para os companheiros, incentiva a alegria e tem visão de jogo, passa todo o tempo falando com um e com outro: " olha fulano faz assim no bloqueio, assim na defesa... saca em ciclano que é melhor."
Ninguém é ídolo por acaso e se mantém assim se não fizer por merecer.

O técnico Bernadinho dispensa comentários, coordena e comanda com particularidade e pode sagrar-se o único tri campeão mundial.

Todavia, tudo isso tem um referencial: Murilo. Nosso melhor atleta já a algum tempo, ganhou maturidade para saber a hora de voar e de desacelerar. É nosso melhor sacador e receptor também. Um exemplo para os novatos, porque Murilo chegou menino na seleção e trabalhou para crescer, foi dele também a declaração mais sensata no final da partida.

O repórter perguntou: A Itália tem gostinho de vingança, vamos provar para eles quem é melhor?
Ele respondeu: Nada muda se ganharmos ou perdermos, quero ganhar mas não vou disperdiçar minha energia pensando em vingança.

É isso aí.

A semi-final será sábado às 16h horário de Brasília ao vivo pela Sportv.

Vamos torcer!
Boa sorte para o Brasil e Sai Itália!!!!

Abaixo detalhes do jogo contra a Alemanha:

Vissotto recebeu de Bruninho o primeiro ataque da partida. Jogou para fora, mas depois se redimiu com uma paralela. Em dois erros seguidos de ataque da Alemanha, o Brasil abriu 3/1. Os vacilos persistiam no lado alemão, enquanto a seleção brasileira tentava deslanchar no placar. O gigante de 2,12m tinha uma torcida especial. Um grupo de quatro torcedores gritava por Vissotto, que correspondeu com dois bons saques, atrapalhando a recepção alemã.

O Brasil foi à primeira parada técnica obrigatória com 8/4. Quando o marcador apontava 10/5, o técnico Raul Lozano pediu tempo para acertar o time alemão. Não deu certo. Perdendo por 12/6, tirou um dos seus melhores jogadores, o ponteiro Kromm, para a entrada de Kaliberda. Na segunda parada, a seleção já tinha 16/9. No retorno à quadra, Bernardinho fez a inversão de 5-1, colocando Marlon e Theo no lugar de Vissotto e Bruninho.

Um bloqueio de Murilo, que tem sido o nome do Brasil no Mundial, abriu ainda mais o placar: 19/11. Com 20/14, o técnico brasileiro desfez a inversão e, nos 23/16, Lozano voltou com Kromm. Mas já era tarde, seu time já tinha errado demais. E justamente de um vacilo alemão veio o ponto do set: 25/17.

A Alemanha continuou cometendo erros, para desespero do seu treinador. Raul Lozano fez várias substituições para colocar sua seleção no jogo, mas o máximo que conseguiu foi manter a diferença no placar em dois e três pontos. Na primeira parada técnica, o Brasil tinha 8/6, e na segunda, 16/14. O 17º ponto brasileiro surgiu de um belo rali. As equipes defendiam os ataques e devolviam a bola. Mas Rodrigão definiu quando parou Grozer.

O Brasil abriu depois de mais um vacilo do levantador Steuerwald, que cometeu dois toques. Um ace de Murilo fez Lozano parar o jogo. Os alemães esboçaram uma reação, mas Bernardinho fez a inversão de 5-1 que decidiu para o Brasil. Marlon sacou flutuante e dificultou a recepção do rival, que atacou para fora. Um golpe de vista de Theo encerrou o segundo set em 25/20. O terceiro set teve um início semelhante aos anteriores. A Alemanha ainda errava, e Lozano já não sabia mais quem colocar em quadra. O Brasil, por sua vez, seguia com Murilo virando todas as bolas. Vissotto, que não tinha se apresentado bem contra a República Tcheca, desta vez correspondeu às expectativas. No retorno da parada técnica, um toque na rede do experiente Rodrigão irritou Bernardinho. O técnico, vendo o marcador apontar 11/9, esbravejou com o central, que se desculpou com um sinal de positivo.

Líder das estatísticas, o líbero Tille não conseguia pegar os ataques dos brasileiros. No 13º ponto da seleção verde-amarela, ele se irritou e bateu a mão três vezes no chão. A diferença, neste momento, era de três pontos. O 20º ponto brasileiro veio num ace de Bruninho, que vibrou muito. Bernardinho, sentado no banco de reservas, também comemorou. Com 23/20, o técnico fez novamente a inversão, mas o ponto que classificou o Brasil à semifinal saiu de Lucão. O central atacou e marcou 25/19, garantindo a vaga na semifinal. GLOBO ESPORTE.COM
Fotos: Globoesporte.com

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