29 de abril de 2012

Vôlei de Praia - Talita/ Maria Elisa x Juliana/ Larissa só deu Brasil




A etapa de Sanya, na China, prometia fortes emoções: Maria Elisa já tinha avisado na entrevista coletiva que se as chinesas podiam vencer em Brasília elas também podiam vencer por lá, por outro lado Juliana disse que iria brigar pela vitória uma característica da dupla dela com Larissa.


Xue/Zhang Xi formam uma dupla muito forte da mesma forma que Talita/ Maria Elisa e a etapa brasileira do Circuito Mundial veio comprovar isso, acendeu o alerta vermelho para as líderes do ranking as brasileiras Juliana/ Larissa e para as americanas campeãs olímpicas Wash/ May: até se prove ao contrário em campo todo jogo tem o mesmo peso. 

Juliana/ Larissa ajudaram a vencer as chinesas, mas na disputa com as compatriotas perderam 2 vezes ou eu deveria dizer que Talita/ Maria Elisa venceram? 

As duas coisas. 

É bom saber que o Brasil não se faz ó de uma dupla e como é bom ver a Talita e a Maria Elisa jogarem bem, ver como o jogo delas está redondo, ver a emoção controlada aplicada na medida certa, vê-las atuar com paciência construindo cada ponto, um a um como tem que ser num esporte como o vôlei. Os erros diminuiram e o que era bom foi muito treinado, elas chegam perto dos Jogos Olímpicos com um jogo leve, confiantes e bem preparadas. 



Isso não quer dizer que Juliana/ Larissa não sejam mais as nossas campeãs, mas que elas não são mais a nossa única chance de medalhas em Londres. 

Eu particularmente gosto muito disso, primeiro porque tira das costas de Juliana/ Larissa a responsabilidade exclusiva de trazer uma medalha, de vencer as americanas, as chinesas e etc. Muitas vezes uma dupla vai ajudar a outra com os estrangeiros e a disputa ficará entre elas como aconteceu neste final de semana. 

Por outro lado, não vi Larissa/ Juliana jogando tudo que podem, Larissa sucumbiu ao calor de Sanya, a umidade fez com que ela aparentemente ficasse muito além do que acostumamos ver, nada disso tira o brilho da evolução da outra dupla, mas é bom, esse é o momento de ver que para ser o melhor do mundo é preciso primeiro continuar superando a si mesmo, os próprios recordes e marcas e ainda os obstáculos físicos, depois é preciso reconhecer que o adversário pode ter o mesmo nome, mas trabalha duro e evolui e se você está no mesmo lugar ele te passa, para Juliana/ Larissa é trabalhar firme e se superar a cada jogo. 




Será que as 4 duplas mais badaladas vão enlouquecer suas torcidas até os jogos olímpicos? Será que as italianas também vão incomodar?

Em ano olímpico tudo é possível.

Brasileiras na Etapa de Sanya

O Brasil não participou do Country-cota feminino estreando na competição no fase conhecida como "Qualifying" ( o mesmo que uma fase classificatória) em que Agatha e Barbara Seixas garantiram vaga na chave principal, não tendo muita sorte ao pegar logo no primeiro jogo Xue/Zhang Xi perderam por 2x0 e foram para repescagem, perdendo para as russas Ukolova-Khomyakova.

Angela e Lili vinham bem na competição até serem eliminadas pelas brasileira Talita/ Maria Elisa e acabaram em  9º lugar.

As outras duas duplas brasileiras se encontrariam nas quartas-de-final e Talita/ Maria Elisa mandariam Juliana/Larissa para a repescagem, com um clima dificil: quente e úmido, as brasileiras se superaram e foram para a semi-final contra as chinesas, venceram garantindo vaga na final, enquanto que Talita/ Maria Elisa carimbaram a vaga ao derrotar Montagnolli-Hansel da Austria. No replay de muitas finais já vistas deu Talita/ Maria Elisa - ouro e prata para o Brasil.


“Talvez elas tenham relaxado com a vantagem de cinco pontos, mas nunca desistimos, seguimos tentando, cada vez mais focadas. Estamos começando o ano muito bem, com um título e um vice-campeonato (na etapa do Brasil), e isso mostra que estamos fazendo um bom trabalho. É uma temporada importante, os Jogos Olímpicos são nossa prioridade e queremos fazer o nosso melhor e viver uma temporada maravilhosa”, comenta Talita.

“Lutamos muito para vencer esta etapa. Foi muito difícil perder a final no Brasil, porque queríamos muito vencer em casa, mas estamos muito felizes, porque gostamos da China e sempre jogamos bem aqui. Treinamos muito e o sentimento da vitória é o melhor que podemos ter”, completa Maria Elisa.
Fonte: CBV

Que venha o Grand Slam e muitas finais brasileiras e que elas se revezem no pódio para também manterem a inspiração.  

Fotos: FIBV

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