Há pouco, publiquei essa entrevista no blog Primeiro Set e gostaria de compartilhá-la, na íntegra, também com vocês, leitores do Apenas Um Ponto Esportivo. Uma linda história de amor, que mostra o quanto o vôlei pode ser importante na vida de alguém.
Karina se diverte com o meio de rede Sidão. Foto: |
Segundo Karina, a paixão aconteceu logo à primeira vista, já que passou a acompanhar a equipe paulista desde o início de sua formação. “Meu amigo que fazia vôlei no SESI disse que o clube iria montar um time com vários jogadores da seleção brasileira e que o técnico seria o Giovane Gávio. Na hora falei com meu pai para que ele fizesse minha carteirinha do clube. Desse dia em diante me tornei sócia e nunca mais abandonei “meus meninos”, diz carinhosamente.
E por essa paixão, Karina confessa que acabou “virando a casaca”. “Gostava de vôlei, mas não tanto como agora. Antes, eu torcia pelo Cimed/Florianópolis. Só que a paixão pela equipe catarinense nunca foi tão grande como essa que tenho pelo SESI-SP. Hoje, muito mais que ídolos dentro das quadras, passei a buscar incentivo para trilhar os mesmos passos deles”, diz Karina que, de tanto acompanhar a equipe, passou a praticar vôlei pelo clube.
E através desse contato, ela diz que agora sonha em se tornar uma jogadora profissional. “Estaria mentindo se dissesse que virei sócia só para jogar vôlei. Risos. Confesso que era para poder ficar mais perto da equipe. É muito bom ter a presença de grandes jogadores que defendem a seleção brasileira, ver seus ídolos ali de pertinho e ver também muitos atletas novos e desconhecidos conquistando seu espaço. Sempre assisto aos treinos deles e com cada um aprendo algo: vejo como melhorar meu saque, meu ataque, meu bloqueio, minha recepção. Esse contato é muito bom, pois você vê que jogadores da seleção começaram assim também: jogando vôlei em um clube e subindo para chegar ao seu sonho. E é ai que você começa a ver que é possível chegar lá. Uso todos os jogadores do SESI e a comissão técnica como ídolos, seja de superação, liderança, energia. Cada um, com seu jeito, são exemplos para mim”, confessa.
Perguntada sobre qual seu jogador preferido, Karina se esquiva. Presente em todos os jogos do SESI no Ginásio Vila Leopoldina, ela explica a sua relação com a equipe. “Posso dizer que sou a torcedora mais fofa deles. Risos. Tenho uma relação muito legal com todos. Eles me incentivam cada vez mais no esporte, são preocupados e sempre brincam comigo quando me veem no SESI dizendo que tenho que ir estudar. Risos. Tenho um carinho especial por cada jogador. A primeira geração da equipe talvez é a que mais sou apegada, por conhecer eles desde que entraram. Mas comigo é assim, joga no SESI, está no meu coração!, se derrete a fã.
E “os meninos” de Karina são muito bem tratados, inclusive, com presentinhos personalizados. “Esse ano o presente de páscoa que dei para a equipe foi um cartão com uma foto minha e com o jogador na capa. E não importava qual jogador era, se entrou esse ano ou não, todos ganharam. A reação deles foi perfeita e só me fez ter ainda mais carinho por todos! Eles fazem eu me sentir especial!”
Depois de muito esforço, Karina assiste de pertinho o título. |
E como forma de retribuição por todo o apoio à equipe, Karina diz que viveu uma dos momentos mais felizes de sua vida ao ver o Sesi-SP conquistando pela primeira vez um título de Superliga. “Foi a melhor sensação do mundo! Eu fiquei tão feliz quanto eles, afinal, vi como eles estavam dando duro para conquistar o título, vi os treinos, vi vários atletas que iam para a fisioterapia para poder se recuperar e voltar a jogar pelo time! Esse título foi perfeiro, veio no momento certo e na hora certa. Trouxe alegria, felicidade e muito choro: nunca vou esquecer o último ponto do jogo quando o Vini cortou e a bola caiu no Aldo do Sada/Cruzeiro. Comecei a pular, a chorar e a gritar É CAMPEÃO! Não tenho palavras para descrever como foi bom o sentimento daquele momento. Foi mágico! Completa.
E no Primeiro Set está rolando a Eleição Muso e Musa da Superliga. Para votar, clique aqui!
Grande abraço a todos!
Um comentário:
Foi mesmo um jogaço!
Aliás, assistir jogo de vôlei no Mineirinho sempre é muito, mas muito bom.
Da seleção brasileira então é uma coisa de outro mundo.
Mas uma vez eu estava lá numa situação não muito feliz. Em 2002 (se não me engano), na derrota da seleção masculina para a Rússia... Aiai, muito ruim.
Mas, voltando à Superliga, parabéns para a Karina, que persistente veio pra BH ver o time do coração.
Pena que não deu Cruzeiro, né? Estava torcendo para os meus conterrâneos!
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