" E agora Itália?"
" O Brasil não precisa escolher adversário"
ou ainda
"Brasil vence, atropela e mostra porque é campeão"
Nada disso. Vejam passo a passo.
O jogo da polêmica
Eu defendi a seleção contra quase todo mundo, concordo que tenha sido feio, mais do que isso: foi patético.
Toadavia, perder para a Bulgária daria ao Brasil facilidades não só quanto aos adversários, mas principalmente em questões de logística, isto é, evitaria mais uma viagem, mais um hotel, mais uma cidade, ginásio e etc. Além disso, perder para a Bulgária seria um protesto contra o regulamento rídiculo sugerido pela federação de vôlei italiana e aprovado pela FIBV, protesto de todos os times não só do Brasil. Revolta nacional e internacioal, mancha na carreira, dia para esquecer... Chamem do que quiser, mas ficou provado que só quem joga bem pode escolher como jogar e onde jogar, não contra quem. Só tenho uma ressalva: o público. Ninguém que de boa vontade compra ingresso para um grande jogo é obrigado a assistir aquilo. ( desculpem, mais foi aquilo)
Terceira Fase
Depois de toda a confusão viriam a República Theca e a Alemanha. A seleção nacional entrou nervosa e desconcentrada ou melhor, focada na revolta gerada pelo jogo anterior, tinham a pressão do mundo e da imprensa italiana, precisavam mostrar o seu melhor vôlei e não conseguiram. Fizeram o suficiente para vencer por 3x2 sets o primeiro adversário, depois disso se soltaram para finalmente derrotar a Alemanha por 3x0 sets, garantindo a vaga para a semi-final contra a invicta Itália, a anfitriã que escolheu contra quem jogar no regulamento. A tão vitoriosa seleção azul a qual provocou os brasileiros e estavam loucos para vencer.
Do nosso lado todos queriam a Itália - era preciso vingar todos os outros times e principalmente o Brasil. O país chegou a se rebelar contra o levantador que participou dos treinos brasileiros substituindo Marlon chmando-o de traidor.
Itália - Nós somos os melhores do momento!!
Doce ilusão comparar as duas seleções, antes do jogo usamos a diplomacia, a esportividade, respeitamos o adversário, mais no jogo o Brasil é muito mais time, tem mais técnica e preparo. O Brasil só perde para si mesmo, quando se desconcentra.
Atropelamos o time azul com uma atuação espetacular de Leandro Visotto e com a regularidade de Murilo e Dante.
É preciso destacar a sintonia, a amizade e a cumplicidade dos nossos dois levantadores: Bruno e Marlon. Muito bonito o relacionamento. Se ajudaram no jogo contra a Itália quando um se machucou e outro teve que voltar depois de quase ter sido cortado.
Final: Brasil e Cuba
Nosso time entrou bem e repitiu a atuação de sábado e brilhou.
Deixo para vocês a narração de Carol Oliveira do Globoesporte.com - terça-feira tem mais no Foi Registrado.
Brasil pulveriza Cuba, embolsa o tri e confirma sua dinastia em Mundiais
Com atuação irretocável, seleção de Bernardinho deixa todos os percalços para trás, atropela equipe caribenha e conquista o terceiro título consecutivo
Difícil foi antes da final. A campanha recheada de dramas se arrastou ao longo de 15 dias com lesões, troca de farpas, derrota de propósito, chuva de críticas. Nada disso entrou em quadra no domingo. Quando a bola subiu na Arena de Roma, o Brasil fez a decisão contra os cubanos parecer um treino de luxo contra juvenis. Sem medo de mostrar quem manda no vôlei neste planeta. Agressivos, vibrantes e impiedosos, os comandados de Bernardinho transformaram a valente seleção de Cuba em pó. Com 3 sets a 0 (25/22, 25/14 e 25/22), derrubaram os caribenhos em apenas 1h14m, chegaram ao tricampeonato e esticaram sua dinastia em Mundiais. Desde 2002, ninguém tira o verde-amarelo do topo.
Acusado de perder para a Bulgária na segunda fase para escapar dos cubanos na terceira, o Brasil mostrou neste domingo que não precisava temer os rivais. Com mais uma atuação memorável de Leandro Vissotto, que também tinha sido o herói da semifinal contra a Itália, a seleção se impôs desde o início e não foi ameaçada em nenhum momento. Venceu como time grande que é.
O terceiro título mundial consecutivo coroa uma campanha cheia de obstáculos: além das críticas pela derrota para os búlgaros, o grupo teve de lidar com o problema intestinal de Marlon, a lesão de Bruninho, a pressão da torcida italiana e a superação de um grupo renovado, com alguns jogadores que nunca tinham disputado um Mundial.
A vitória deste domingo veio com um ataque pela ponta de – quem mais? – Vissotto, que fez 19 pontos. Quatro a mais que o jovem fenômeno cubano Leon, de 17 anos, autor de 15. Com a conquista garantida, os jogadores correram pela quadra, gritaram, pularam, choraram. Tiraram da garganta um grito que ficou engasgado durante duas semanas: tricampeão mundial.
- Só quem está aqui pode julgar o que passamos. Pressões, dificuldades, mas chegamos ao título, e o time mostrou que é sólido, guerreiro, focado e reage bem à pressão - festejou Bernardinho, em entrevista ao SporTV logo após a partida.
A incerteza sobre as condições de Bruninho acabou assim que o locutor da Arena chamou seu nome. Camisa 1, o levantador foi o primeiro a entrar na quadra. Mas quem começou brilhando foi o número 6, Leandro Vissotto. A exemplo da semifinal contra os italianos, o oposto brilhou no primeiro set. Com dois ataques seguidos, colocou o Brasil em vantagem de três pontos. Na primeira parada obrigatória, o placar mostrava 8/3.
Bruninho fazia cara de dor na metade do set. Parecia jogar na marra. Depois de um bloqueio que deixou o Brasil com 9/3, comemorou muito virado para o grupo de torcedores brasileiros na arquibancada. Vissotto continuava virando todas, mas agora tinha a companhia de Murilo e Dante. Cuba ainda esboçou uma reação no fim da parcial, com Hernandez soltando o braço no saque. Quando a vantagem caiu para dois pontos (21/19), Bernardinho pediu tempo para esfriar o rival. Deu certo. A Arena de Roma gritava por Cuba, mas foi o Brasil, após um ataque de Theo, que fechou o set em 25/22.
Os cubanos voltaram cometendo muitos erros. Com Murilo no saque, não conseguiam acertar o passe, e o Brasil abriu 4/0. Com 7/1, Orlando Samuels tirou o levantador Hierrezuelo e colocou Diaz, mas os vacilos não cessaram. O Brasil continuava com Vissotto inspirado. Giba, com seu bigode mexicano da sorte, jogava junto do banco. Orientava e não deixava os companheiros perderem a motivação. No fundo, nem era preciso alertar. A seleção jogava fácil.
Após a segunda parada técnica, a diferença era de seis pontos: 16/10. Bernardinho parecia gostar do que via e não reclamava como de hábito. Samuels parou o jogo quando o placar apontava 20/11 e o estrago já estava feito. Foi com um ataque de Vissotto o set terminou em implacáveis 25/14.
O terceiro set sugeria mais equilíbrio. Cuba parecia enfim acordar para o jogo e, pela primeira vez, teve uma liderança no placar. Mas a alegria caribenha durou pouco. Quando o Brasil passou à frente (7/6), Vissotto e Leon se desentenderam na rede. O oposto brasileiro chegou a colocar o dedo na cara do jovem cubano, que manteve a cabeça erguida. Murilo tentou acalmar os ânimos dos jogadores, mas o juiz interveio e encerrou a discussão. A vantagem verde-amarela se manteve apertada até a segunda parada, quando Bruninho e Vissotto resolveram encurtar o caminho para o título.
Ao fazer o 19º ponto, o oposto correu em direção ao levantador, e os dois comemoraram muito. A euforia era tanta que Bernardinho precisou pedir calma, principalmente ao filho Bruninho. Com 20/15 no placar, o técnico brasileiro fez a inversão do 5-1. Marlon e Theo entraram no lugar de Vissotto e Bruninho, mas quando Cuba cortou para 20/18, a alteração foi logo desfeita. Como nada poderia ser fácil na campanha, a seleção demorou a fechar o jogo. Murilo tentou, Lucão também, mas o último ponto tinha dono. Vissotto. Pelas mãos dele, num ataque pela ponta, veio o tricampeonato.
Naquele momento, não era mais preciso manter a cabeça no lugar. Após duas semanas, tinha chegado a hora da festa. Os jogadores correram pela quadra feito crianças. Bernardinho, ainda com as muletas e a expressão de alívio, abraçava quem estava à sua volta. Os campeões gritavam e tiravam tudo que estava guardado na garganta. Agora não há mais. O Brasil é tricampeão do mundo.
Por Carol Oliveira Direto de Roma - Globoesporte.com
Fotos: FIBV
4 comentários:
O vôlei brasileiro é uma aula para o mundo. O que esses caras fazem é coisa de outro planeta. É um orgulho torcer para o vôlei brasileiro. A vontade de vencer deles é bem mais que no futebol.
Vou votar em você no Top Blog por que o seu blog é muito bom.
Que odisseia! Não acompanhei de perto a prova por isso não imaginava nada do que aconteceu e que foi aqui relatado.
Assim a vitória foi muito mais saborosa!
Parabens ao Brasil!
Nosso vôlei é show! Eu amo e admiro demais da conta uai!!!
Viva o Brasil!!!
Não há como comparam somos os melhores e ponto! Gostei tbm do seu blog... quando quiser passe lá tbm no Vôlei Feminino!
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