A cidade não para

A maior capital do Brasil possui peculariedades curiosas, é um misto de modernidade e stress, de encanto e correria, da multiplicação do tempo e da falta deste mesmo.

Os paulistanos acham normal subir e descer escadas correndo. Se acostumaram a esperar 10 minutos para atravessar a rua e outras 2 horas para chegar em casa do serviço.

Correm, lêem em pé no metrô e ainda são obrigadas a assistir dentro dos trens a mensagem: " São Paulo vai melhor de mêtro"

Carro e gente, gente e carro, muita gente e muito carro... e muita escada dependendo da Estação que você estiver e sempre muita gente.

Quem sai da Praça da Sé no Centro de São Paulo com destino a Santos chega antes em casa do que muitas pessoas que moram ali, na mesma cidade.

A impressão que dá é que São Paulo não cabe mais em si, cresceu tanto e oferece tantas oportunidades que recebe diariamente pessoas vindas do estado inteiro.

A cidade é a capital dos melhores hospitais, do melhor futebol, do centro cultural, da indústria, da culinária. É sede de Tribunais, de Bancos e do jornalismo nacional.Só não tem as melhores praias e o maior porto do país, mas pega emprestado como se fossem seus da Baixada Santista´, que é logo ali.

Em contrapartida você encontra tudo muito barato, almoça bem, tem uma loja de cosméticos do tamanho de um shopping, livros muito baratos em sebos( afinal, fazer o que tanto tempo no metrô), almoça bem pagando pouco, é possível ver lado a lado a patricinha e o badboy, o advogado e o desarrumado, os que sentem todo o frio do mundo e aqueles que parecem não ter roupa. É comum ver alguém de terno e gravata e mochilão e moça chique nem sempre está de salto alto.

Isso é muito legal.

Agora o que dizer se tudo isso é o normal no dia a dia de uma cidade que não para nunca e nem pode parar.

Todavia o prefeito Kassaba devia mandar a mãezinha dele correr atrás do fretado saindo da Praça da Sé, além do custo mais elevado será que ela conseguiria? Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

São Paulo é muito maior do que tudo isso.