Os brasileiros chegaram ao Japão cercado de desconfiança, primeiramente porque o Deca da Liga Mundial não veio, depois pela derrota da Seleção Feminina, no mesmo país a poucos dias. Temos uma torcida diversificada, em que apesar da maioria torcer muito e acreditar, tem uma parcela que é muito chata, incapaz de analisar sem colocar a emoção sob a razão. Não há exemplo maior para a questão do que o caso Ricardinho, muitos fãs do atleta até hoje são incapazes de torcer pelo Brasil e de admirar qualquer outro levantador, só conseguem enxergar um motivo para quando o Brasil perde: a ausência dele.
Aí fica difícil, porque se uns gostam do Ricardinho outros preferem o Rapha, mas também tem os que gostam do Marlon, do Bruno, do Willian, do Sandro... QUESTÃO DE GOSTO NÃO SE DISCUTE. Somente 12 podem estar lá e por enquanto quem escolhe é o Bernadinho, muitos fatores interferem na decisão. Quer outro exemplo? Leandro Visotto.
Acho que o banco nas finais da Liga Mundial fez bem para ele. Apesar do grande atleta que é, ele é instável, não mantém uma regularidade, sentimos falta de um oposto mais "vibrante" e decisivo em muitos momentos. Eu, por questão de gosto, não o levaria para o grupo, prefiro os dois Wallaces que brilharam na última Super Liga, eles estão voando e fazem a diferença, até Théo jogou muito bem quando a Seleção precisou dele, independente de tudo isso, Bernadinho deu a ele mais uma chance e me parece que ele está correspondendo.
Todavia, tem críticos que deveriam ter sido técnicos, como no futebol, no vôlei muita gente fala demais e tem vontades demais. Parecem se esquecer que um time é feito da soma de vários fatores, o Brasil vêm trabalhando um grupo e é provável que pouco mude até os jogos de Londres.
Nos cabe analisar com discernimento e torcer com paixão para esse time que aí está, mesmo porque daqui a pouco não teremos mais Giba, Dante, Murilo, Serginho e tantos outros.
Falando de quem está lá
Lucão e Sidão estão cada vez melhores, mas firmes e constantes, sacando muito bem, o nosso passe é muito bom e nossos atletas ainda desequilibram, todas as vezes que perdemos foi no detalhe, nos pontos finais, na desconcentração. É preciso agora ter humildade para trabalhar sério, se quisermos a medalha de ouro nos jogos de Londres.
Nesta madrugada os brasileiros enfrentam a China, vale a nossa torcida.
Declarações dos brasileiros após o jogo: ( fonte CBV)
Maior pontuador da seleção brasileira, com 12 acertos, o ponteiro Murilo destaca que a vitória foi importante, mas que outros adversários ainda podem incomodar a seleção brasileira. “Estávamos preocupados porque sabemos do potencial da equipe da Rússia, mas também acreditávamos no nosso potencial. Entramos com tudo e estamos vivos na competição. Aqui na Copa do Mundo, é preciso ganhar de todos os times e temos fortes adversários pela frente. Polônia, Cuba, Argentina, Sérvia, enfim, todo jogo vai ser encarado como uma final. Vamos pensar em vitórias dia após dia”, disse Murilo.
Premiado como melhor jogador da partida, o líbero Serginho afirma que a vitória é importante na pontuação e, também, para o lado emocional da equipe. “A grande virtude do nosso time é a humildade. Poderíamos ter vencido a Itália e, depois disso, sabíamos que era preciso uma boa preparação para enfrentar a Rússia e obter um resultado como esse. O campeonato é longo, mas fizemos a nossa parte hoje e um jogo como esse nos trás mais confiança”, comentou Serginho.
O técnico Bernardinho elogiou a equipe, mas também lembra que o campeonato é extenso e que o Brasil ainda terá outros sete adversários pela frente. “Com esse resultado, damos um passo importante, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Há sete passos a serem dados a partir de agora. Mas o fato é que, hoje, o time esteve muito consistente e a nossa segurança é o ataque. Rodamos bem, fomos seguros em contra-ataque e tivemos rendimento espetacular dos dois ponteiros”, disse o treinador, se referindo a Giba e Murilo. Bernardinho ainda falou sobre o fundamento que tem feito a diferença não só nesta Copa do Mundo, como em qualquer competição de alto nível: o saque. “Eles começaram sacando forte, erraram um pouco, mas isso é uma arma deles. Eles acreditavam que, contra o Brasil, era necessário jogar pesado no saque. Se essa arma não entrar totalmente, eles ficam sem opção. Nós jogamos sacando melhor, variando e isso, certamente, desestabilizou a equipe deles”, comentou Bernardinho.
(Foto: FIVB / Divulgação)
Um comentário:
Este time brasileiro está conseguindo recuperar a moral que foi perdida um pouco depois da derrota para a Rússia. Vamos ver se o gás continua. Essa seleção tem muita qualidade, e aposto muito no título.
Abraços!
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